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Setembro Amarelo: qual é o papel do psicólogo nessa campanha?

Tempo de leitura: 3 minutos

O setembro amarelo é um marco para a prevenção ao suicídio em escala mundial. Seu início ocorreu em 1994 nos Estados Unidos, como homenagem ao jovem o jovem Mike Emme, que cometeu auto extermínio. Mike era uma pessoa com enorme compaixão, disposto a ajudar o próximo, sendo a maior prova disso, comprou um Ford Mustang em um ferro velho e o reformou com as próprias mãos, o pintando de amarelo. Seu intuito era de ajudar pessoas na estrada que estavam passando por dificuldade, como um pneu furado ou motor fundido.

Apesar de todo cuidado que existia com o próximo, Mike não soube pedir por ajuda quando se deparou com seu próprio sofrimento. A sua morte gerou uma grande comoção em sua cidade, alcançando inúmeras pessoas com a seguinte mensagem Ask4help (peça por ajuda) e assim, o setembro amarelo, se tornou uma homenagem a Mike e seu carro, que prestava de maneira genuína ajuda a quem precisava. Para mais informações, acesse o site oficial do setembro amarelo americano.

O desdobramento dessa ação alcançou o mundo inteiro, sendo no Brasil, o tema do suicídio é amplamente discutido durante o mês de setembro. Mas lidarmos com o tema somente em setembro é suficiente para o amplo debate do tema? As estatísticas de 2018 referente a saúde mental mostram que não. O Brasil é o país mais ansioso do mundo com 9,3% da população refém deste transtorno, 5,8% afetada pela depressão. Estatísticas que culminam no alto índice de suicídio no país.

A segunda maior causa de morte para o público de  16 aos 30 anos é o suicídio. Passando de 800 mil mortes por todo o mundo e 11 mil casos no Brasil em 2018. Como agravante, a expectativa que a depressão será a doença mais incapacitante até 2020 e também se tornar a doença mais comum do mundo até 2030. Definitivamente, um mês é muito pouco para lidar com o tema.

O tabu acerca do tema, a desconfiança do senso comum por não compreender como é a prática do psicólogo e de um processo da psicoterapia, afastam ainda mais as pessoas da discussão e não levam o psicólogo como alguém que pode ajudar no enfrentamento desse processo. A recorrente frase “terapia é coisa de gente doida” ou de que “terapia é coisa de gente rica”, com o agravante de que depressão é doença de gente rica, é a constatação sobre como a população enxerga a classe dos psicólogos.

Sabendo disso, é importante fazermos uma autocritica sobre nossa função enquanto psicólogos e de nosso papel de promoção a saúde e democratização da saúde mental. Estamos fazendo o nosso melhor para a prevenção ao suicídio e de outros problemas de saúde pública? A população nos respeita e nos demanda como auxiliadores nesses enfrentamentos? Como podemos ajudar a população, sem ser apenas pela psicoterapia?

Se permita ocupar novos espaços para debater sobre o tema. Encontre-se com colegas de profissão para realizarem ações conjuntas, façam palestras em lugares carentes de informação sobre o tema. Se apresentem para escolas, que também carecem sobre um cuidado com seus alunos, que são carentes sobre a psicoeducação.

Vale ressaltar que a principal missão do PsicoManager é de lidar com as questões burocráticas do dia a dia do psicólogo, para que o profissional possa se dedicar ao máximo em seu desenvolvimento teórico e técnico, para realizar sua principal função em relação a promoção a saúde. Assim como o tema já sugere, para que a prevenção seja feita com sucesso, o auto extermínio deve ser debatido constantemente, e de preferência, pelos profissionais que são regularizados e capacitados para intervir sobre.

Sempre deixe explícito também que existem espaços gratuitos onde as pessoas possam procurar por auxílio psicológico, como o CAPS (Centro de Atenção Psico Social), CVV (Centro de valorização a vida) e também a clínica escola. Estes espaços por muitas vezes são desconhecidos pela população.

Psicólogos, confiamos em vocês a importante missão, em ter a coragem de tocar nessa ferida, para alcançarmos a democratização da saúde mental e a promoção a saúde!

 

Giovani Lucena

CRP-04/55806

CEO e co-founder da Pajé

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