Você sabe como pode ser desafiador definir os valores de suas sessões, não é mesmo? Pois, se você cobrar um valor muito alto, os clientes podem desistir do seu atendimento. Além disso, se você cobrar um valor baixo, isso pode afetar a imagem do seu serviço (barato = baixa qualidade), ademais, os problemas financeiros surgirão e você não conseguirá manter seu consultório como desejaria. Por isso, esteja atento(a) em como o mercado se comporta atualmente, seja em relação aos seus clientes, ou até mesmo seus concorrentes. Neste post, mostraremos 6 passos básicos que irão auxiliar você na hora de definir o preço do seu serviço!
1. Analise o mercado
Ao escolher atender clientes particulares, você não terá um modelo para definir o preço de suas consultas. Uma decisão inteligente a ser feita, é estudar os valores que são praticados pelos seus colegas e, com isso, você poderá ter uma boa margem sobre como cobrar pelo seu serviço naquele momento. Essa é uma tática muito utilizada por quem está iniciando os atendimentos, pois ainda não possuem de forma explícita os gastos e faturamentos mensais. Lembrando que, ao abordar essa técnica, você deve estar atento(a) na hora de pesquisar o preço, pois sempre deve “mirar” no público-alvo que você gostaria de abordar em suas consultas.
Se você começou a atender agora e não sabe muito bem por onde começar, uma boa ideia é cogitar o atendimento por convênio. Desta forma, seu serviço será visto por mais pessoas, podendo ajudar você a criar uma reputação no mercado e aumentar consideravelmente o número de clientes.
2. Valorize sua clínica
Antes de precificar o seu serviço, analise também a estrutura onde o seu cliente será atendido. Possui poltronas confortáveis? Café para servir no momento de espera? Ou até mesmo, banheiro com sabonete líquido na pia e papel toalha disponível? Se sim, você pode cobrar um pouco a mais que o habitual, pois além do seu serviço, as pessoas também estarão pagando pela experiência de estar em um lugar confortável e limpo.
Outro fator a ser considerado é a localização do seu consultório, pois o valor cobrado deve ser proporcional ao estilo de vida do bairro em que o consultório está.
3. Valorize seu atendimento
Mais que valorizar a estrutura onde você atende, é importante valorizar seu trabalho. Ter uma especialização dará a você uma maior autoridade na hora de cobrar um preço mais alto, pois você será autoridade naquele tema, por exemplo: você estudou muito sobre crianças com Transtorno do déficit de atenção com hiperativida (TDAH), então possui uma maior credibilidade por saber com o que está lidando, podendo auxiliar os pais daquela criança. Nesse tipo de situação, onde o seu conhecimento alto está em mesa, você deve sim cobrar a mais, pois deve ser levado em conta seu tempo de estudos e dedicação.
Se quer saber mais sobre valor, confira nosso post clicando aqui.
4. Estude seus custos
Essa talvez seja a parte mais importante a ser levada em consideração na hora de colocar preço em seus serviços, pois, como todo negócio, o que entra no seu caixa precisa ser maior que seus gastos. Ou seja, o valor cobrado nas sessões deve ser suficiente para o consultório continuar funcionando sem ter prejuízos.
Essa analise pode ser feita de forma simples, apenas determinando seu custo/hora. Defina todos os gastos, divida-os de acordo com os meses em que eles aconteceram. Depois, conte os dias trabalhados e mutiplique pela média de horas trabalhadas por dia. Agora, é só dividir o total de gastos pelas horas trabalhadas para descobrir seu custo total/hora. Você precisa reunir todos os gastos fixos como: luz, aluguel, água, telefone, salário dos funcionários, copos descartáveis e até produtos de limpeza.
Por exemplo, se você gasta R$ 9.000,00 por mês para manter seu consultório e trabalha 100 horas no mês (20 dias úteis, 5 horas por dia), seu custo por hora é de 900/10 = 90 reais.
Tenha uma planilha ou caderneta para anotar todos os seus gastos e acompanhar seu fluxo de dinheiro. Assim você poderá saber se seu preço está bem estabelecido e quais estratégias precisam ser tomadas para melhorar a rentabilidade.
5. Precificação fixa ou variável?
Você pode também optar por utilizar a precificação fixa ou uma precificação variável.
-Precificação fixa: neste tipo de precificação, você mantém um padrão de valor para todos os clientes, evitando surpresas no final do mês;
-Precificação variável: aqui o preço varia de acordo com a necessidade do cliente, e até mesmo pode ser feito uma negociação, por exemplo: fechando um pacote mensal de 4 sessões, o cliente ganha R$50 reais de desconto.
6. Preço x Valor
Devemos entender que preço e valor, apesar de parecerem a mesma coisa, não são! E saber a diferença é extremamente essencial
Valor é tudo aquilo que envolve muito mais do que um número que define quanto deve ser pago no seu serviço, é aquilo que o seu cliente irá valorizar ao contratar os seus serviços. Lembrando que seu cliente não está contratando seu serviço, ele está comprando uma solução para o problema dele, ou seja, ele deseja sair de um ponto A não muito bom para um ponto B onde a vida dele será melhor de alguma forma.
O preço, por sua vez, reflete o valor monetário que a pessoa deve pagar, pelo serviço, é a transação financeira entre você e seu cliente, a fim de que ele obtenha o valor que seu serviço trará para a vida dele.
Quanto maior seu valor, menor será a percepção do seu preço pelo cliente.
Além de todos esses pontos apresentados a você, não podemos esquecer da Tabela de Honorários da CFP, que determina o valor mínimo e máximo, que você poderá cobrar de acordo com o seu atendimento. Lembrando que, a tabela não é obrigatória e deve ser aplicada conforme a vida profissional de cada um, conforme demandas e condições.