Para início de conversa, não existe termo certo ou errado. Isso vai muito da escolha pessoal do psicólogo(a). Pois alguns profissionais optam por utilizar o termo paciente para se referir às pessoas que buscam por terapia, outros já preferem chamar de cliente. Por isso, elaboramos esse texto para você entender melhor a diferença e, claro, algumas curiosidades sobre essa questão que deixa a todos em dúvida muitas vezes .
É importante ressaltar aqui que a escolha do melhor termo precisa fazer sentido para você. Além disso, o uso de um ou de outro, não define a qualidade ou desempenho do trabalho que você realizará.
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O que significa cada termo?
A palavra paciente vem do latim “patientem”, que indica “o que sofre” ou “o que padece”, utilizado para caracterizar a pessoa que necessita de cuidados médicos e é atualmente usada no sentido mais amplo inclusive. Ou seja, uma pessoa saudável fazendo exames de rotina em um laboratório, por exemplo, também será um paciente.
Já o termo cliente teve seu início na sociedade da Roma Antiga para exemplificar a relação entre plebeu (cliens) que era beneficiado/protegido por um patrono (patronus: um predecessor de padrinho, patrão). Entretanto, atualmente o seu uso mudou e a palavra cliente está ligada diretamente a um atual ou potencial comprador de produtos ou serviços.
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Mas por quê alguns psicólogos usam cliente e outros paciente?
Como já falamos aqui, a escolha é bem pessoal e a que mais faz sentido para você. Porém, os adeptos do termo paciente, argumentam de que o uso da palavra cliente acabaria transformando o vínculo profissional em algo superficial e bastante comercial, principalmente por se tratar de um serviço de saúde. Na visão deles, a psicologia tem, então, pacientes.
Já do lado dos que optam pela palavra cliente, evita-se a representação de pessoa em tratamento de forma passiva, associada ao termo paciente. Desta forma, se tem clientes, as pessoas estão em um trabalho colaborativo e, como há pagamento pelos serviços, são clientes no sentido atual da palavra também.
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Na dúvida, chame das duas formas:
Neste caso, não existe termo certo ou errado. Mas é sempre bom lembrar que de qualquer forma haverá pagamento pelos serviços, exceto, claro, quando você também atua em serviços comunitários. Por isso, na dúvida, chame a pessoa das duas formas, intercalando. Caso o próprio cliente ou paciente se sinta desconfortável com a denominação, vale perguntar como ele prefere ou gostaria de ser chamado. Assim ambos ficam satisfeitos com a palavra utilizada e evitam qualquer tipo de transtorno.
E, por fim, mas não menos importante, entendemos que o diálogo é o melhor caminho para desenvolver e preservar a relação com nossos clientes/pacientes, por isso a opinião dele ou dela deve sempre ser levada em consideração. Tudo é um processo. Seja no início, no meio ou no fim, é sempre bom buscarmos inovar e, principalmente, tentar promover a melhor experiência ao nosso público-alvo, pois é ele quem ajuda a construir a nossa credibilidade e nos faz referência na área.
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